Nesta quarta-feira, 25 de maio, petroleiros de todo o País estarão exigindo um basta à crescente insegurança que, diariamente, vem colocando em risco a vida de milhares de trabalhadores do Sistema Petrobrás e de empresas terceirizadas. Isto, porque, o acidente fatal ocorrido na Revap, no último dia 17, mais uma vez coloca na ordem-do-dia a necessidade de mudanças urgentes na gestão de SMS, rompendo com a política herdada dos governos neoliberais.

Organizadas pela FUP e Sindicatos, as manifestações também terão outro objetivo. Visam expressar a indignação da categoria petroleira com o convite feito pelo governo da presidenta Dilma ao ex-presidente da Petrobrás, o famigerado Henri Reichstul. Tendo em seu currículo o afundamento da P-36, e acidentes ambientais que derramaram milhões de litros de óleo na Baía da Guanabara e em rios paranaenses, Reichstul foi convidado para participar da recém criada Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade. Esta Câmara – imagine! – tem a missão de aprimorar a gestão do serviço público.

Exemplo de gestão – Somente entre 1999 e 2001, a gestão de Reichstul na Petrobrás contabilizou a morte de 79 petroleiros e 29 acidentes com impactos ambientais, como conseqüência de uma política de desmonte da empresa, cujo objetivo era criar as condições para sua privatização. Foi, também, na gestão de Reichstul que a Petrobras quase virou Petrobrax; que teve parte de seus ativos entregue ao capital privado; e que foi retalhada em 40 unidades autônomas de negócio.

Manifestações – Para manifestarmos nosso repúdio à insegurança e à participação de Reichstul no governo, o SINDIPETRO/RN conclama os petroleiros e petroleiras dos setores público e privado para que atrasem o início do expediente na próxima quarta-feira, 25 de maio, e participem das manifestações que serão realizadas em Natal, Mossoró e Alto do Rodrigues, em frente aos portões de entrada da Empresa, a partir das 8h00. Precisamos fazer ecoar, amplamente, nossa insatisfação!