Nos dias 22 e 24 de junho, o SINDIPETRO/RN promoveu dois atos públicos, em frente ao Porto de Guamaré, reunindo petroleiros dos setores público e privado, para protestar contra “experiências” que vêm sendo feitas pela Petrobrás no Ativo Mar. As manifestações denunciam alterações na modalidade de embarque realizada por trabalhadores da Norcontrol, em que os empregados se deslocam para as plataformas durante o dia e ao final do expediente retornam para pernoitar em Guamaré.

A prática preocupa aos trabalhadores por duas razões. Primeiro, porque poderá criar precedentes capazes de serem utilizados como justificativa para a retirada de direitos relativos ao regime de trabalho. Segundo, porque a adoção da rotina implica a multiplicação dos fatores de risco de acidentes. Em reunião realizada em Natal, após as manifestações realizadas em Guamaré, a gerência do Ativo Mar caracterizou a situação como provisória, devido à necessidade de realização de tarefas de manutenção nas estruturas das plataformas e às condições insuficientes de salvatagem para que o contingente permaneça embarcado. A gerência também informou que durante o período – considerado extraordinário – todos os adicionais serão mantidos.

Outras questões – Outro tema abordado durante a reunião do SINDIPETRO/RN com a Gerência do Ativo Mar, e que também contou com a participação da Gerência do OP Mar e do RH da Petrobrás, foi com relação às alterações na escala de embarque. O procedimento tem gerado transtornos aos trabalhadores, tanto com relação a dificuldade de planejamento das atividades familiares e sociais, quanto com relação à questões financeiras, uma vez que o pagamento das horas-extras devidas pela participação em cursos nos períodos de folga, nem sempre é remunerada, sob a alegação de pontuação negativa.

Sobre esta questão, o RH da Petrobrás, a Gerência do OP Mar e a Gerência do Ativo Mar mostraram entendimentos e opiniões contraditórias durante a reunião. Por fim, chegou-se à conclusão de que seria necessário fazer um levantamento mais aprofundado sobre por que a pontuação dos trabalhadores das plataformas é tão negativa.