A Alban Engenharia deve se posicionar nesta semana acerca das reivindicações dos trabalhadores para o Acordo Coletivo 2014/2015, que, este ano trata apenas das cláusulas econômicas. O prazo foi solicitado pela Empresa, após os funcionários concluírem que a contraproposta apresentada é insatisfatória, prevendo reajuste de apenas 5% sobre o salário e manutenção do valor do tíquete-alimentação (R$ 227).

Se for considerado que a inflação medida pelo IPCA foi de 6,51%, conclui-se que o valor proposto pela terceirizada nem sequer repõe o poder de compra do salário. O montante está abaixo daquele reivindicado pela categoria, que equivale à reposição da inflação de acordo com Índice de Custo de Vida – ICV Dieese, no valor de 6,73%, mais 10% de ganho real.

Não bastasse propor rebaixamento de valores para os vencimentos da categoria, a Alban ainda anunciou a pretensão de retirar a ajuda de custo, benefício adquirido no contrato anterior, quando a força de trabalho ainda era vinculada à Fortkes. Além disso, foi denunciado que os trabalhadores lotados na Fazenda Belém não estão recebendo o auxílio-transporte. O diretor do Sindicato, Pedro Idalino, também destacou que “o combustível utilizado pelos funcionários para se deslocarem àquela área é descontado dos vencimentos, enquanto que em outras bases o direito é cumprido normalmente”.

Em reunião com a Gerência da Empresa, o Sindicato indicou alguns ajustes na redação do Acordo, que não está claro quanto às formas de recebimento do adicional de 15% para os operadores de retroescavadeira, munck e plataforma de trabalho em altura-PTA. Foi solicitada, ainda, a revisão da cláusula que faz referência ao pagamento do vale transporte aos sábados, domingos e feriados. Nestes dias, muitos trabalhadores vêm dando expediente sem recebimento do benefício.