Paralisação Nacional na próxima quarta-feira, dia 15 de abril, nas principais capitais do país. Essa é a resposta dos trabalhadores à intransigência da Câmara dos Deputados ao aprovar o projeto de lei 4330, que amplia e banaliza a terceirização. A matéria foi votada na última quarta-feira, dia 8, e recebeu 324 votos favoráveis, 137 contra e 2 abstenções. Somente as bancadas do PT, PCdoB e PSOL votaram contra o projeto. Dos deputados do RN, votaram contra os trabalhadores: Walter Alves (PMDB), Fábio Faria (PSD), Zenaide Maia (PR), Felipe Maia (DEM), Rogério Marinho (PSDB) e Betinho Rosado (PP).

Mobilizações –Já na terça-feira, 7, em Brasília, milhares de lideranças sindicais montavam vigília em frente ao Congresso Nacional, buscando o adiamento da votação do PL, mas a manifestação foi reprimida impedidos de ter acesso à Casa do Povo. Além da mobilização na capital federal, as centrais sindicais também promoviam atos públicos em diversas cidades, em repúdio à aprovação do Projeto. Em Natal, a manifestação foi realizada na Praça Gentil Ferreira, no bairro do Alecrim.

Representando o SINDIPETRO-RN, o secretário-geral da entidade, Márcio Dias, expos o entendimento dos petroleiros, afirmando que é preciso elevar o tom do movimento. “Diante do atual Congresso, a proposta tem grandes chances de passar. O que será decisivo para a aprovação ou rejeição do PL será a disposição de luta dos trabalhadores”, frisou Márcio Dias. O diretor criticou, ainda, a ausência de diálogo dos parlamentares com as entidades trabalhistas. “Como pode um projeto que diminui os direitos da classe trabalhadora ser votado assim, sem qualquer debate?”, questionou o sindicalista.

Ignorando as vozes dos trabalhadores que ecoavam de todas as partes do país, a maioria da Câmara dos Deputados aprovou a urgência para a votação do Projeto, que viria a ser aprovado no dia seguinte. Caso passe pelo Senado, o famigerado PL da terceirização abre caminho a um grande retrocesso na legislação e nas relações de trabalho, comprometendo o mercado interno, a arrecadação tributária, o SUS e o desenvolvimento nacional. 

Contra este ataque aos trabalhadores, CTB, CUT e movimentos sociais se unirão no Dia Nacional de Luta, próximo dia 15 de abril, para cobrar a retirada do Projeto de Lei 4330. A ideia é construir um grande movimento que una a esquerda, os movimentos sociais e os partidos do campo democrático e popular.