Na terça-feira, 09 de fevereiro, no jornal Potiguar Notícias – Primeira Edição, a jornalista Heloísa Macedo entrevistou Fátima Viana, diretora do SINDIPETRO-RN (Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte), que falou sobre o aumento constante no preço do combustível no Brasil, além da venda progressiva de ações da Petrobras e dos desafios do sindicato para o ano de 2021.

Segundo a diretora, o atual Presidente da República desconhece os motivos do alto preço da gasolina. De acordo com sua avaliação, esse crescimento constante no valor do combustível se deve a uma opção do governo federal em consonância com o Ministério de Minas e Energia, que, desde 2016, no governo Temer, adotou uma precificação que o Brasil nunca havia utilizado, que é o preço de ‘paridade de importação’, o qual estabelece os mesmos valores para os produtos importados e exportados, entre eles a gasolina, o diesel e o gás de cozinha.

Em relação às perspectivas do sindicato para o ano de 2021, a diretora enfatiza: “a nossa categoria enfrenta pelo menos três desafios: o primeiro, obviamente, é a luta pela vida, tendo em vista que as instalações da Petrobras atualmente apresentam um índice alarmante de contaminação pela covid-19, e isso só será resolvido com um programa de vacinação adequado; o segundo é assegurar os postos de trabalho vinculados às atividades do petróleo, uma vez que temos problemas atualmente de estagnação econômica e elevação da inflação, fatos que suscitam o desemprego e falta de salário; por fim, é necessário mudar a política nacional, fomentando novos investimentos da Petrobras enquanto estatal. No entanto, as ações desse atual governo são no sentido de entregar a empresa ao capital privado”

No que se refere ao diálogo do SINDIPETRO/RN com o Congresso sobre a venda da Petrobras, a sindicalista salienta: “desde 2010, nós temos conversado com prefeitos, vereadores e deputados sobre o risco que representa a pouca participação do setor petrolífero na economia do estado, Nesse sentido, a Petrobras é vital para o desenvolvimento do país, principalmente pelo fato da economia do Rio Grande do Norte ainda apresentar fragilidades. Porém, é lamentável que existam poucas vozes no parlamento que se interessem por essa pauta, e, portanto, não conseguimos defender a empresa através de uma frente ampla”, finaliza.

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Fonte: Redação PN