Em janeiro deste ano, a diretoria do SINDIPETRO/RN esteve reunida com a gerência N/NE da Construção de Poços Terrestres (CPT) – antiga Sondagem Terrestre, e com a Gerência Geral da UO-RNCE. Entre outros objetivos, os dirigentes sindicais buscaram colher informações sobre a programação de investimentos e as metas operacionais e de produção fixadas pela Companhia para o ano de 2011.

As explanações foram solicitadas pelo Sindicato para que os petroleiros e os demais setores da sociedade norte-rio-grandense pudessem conhecer e opinar melhor sobre a atuação da Petrobrás no Estado. Afinal, nos fóruns conjuntos a Empresa sempre alega que o custo local de extração do petróleo é elevado, e essa afirmação acaba sendo reproduzida como um mantra, por gerentes que se dizem comprometidos com a superação do problema.

A questão é que, na prática, esses senhores e senhoras fazem o enfrentamento da situação, trabalhando apenas com uma variável: a da redução de custos. E, sobretudo, se ela estiver relacionada à remuneração e condições de trabalho. Para o SINDIPETRO/RN, no entanto, este lado da equação já se esgotou. E, a prova, é que a terceirização atingiu índices alarmantes (veja matéria neste sítio), sendo que, na própria Petrobrás, o desrespeito a direitos e a degradação da ambiência são cada vez mais sentidos.

Ponto de vista – De acordo com as informações das gerências locais, o custo de extração do petróleo no Estado é mais de três vezes superior à média nacional, Porém, do ponto de vista do Sindicato, esse problema precisa ser enfrentado de outra forma, com foco no outro lado da equação, ou seja: nas operações necessárias ao incremento dos investimentos em produção e, principalmente, em exploração.

Os projetos relacionados com injeção de vapor e água, em poços terrestres e marítimos, sem dúvida, contribuirão para a elevação dos níveis de produção existentes e, por extensão, diminuirão o custo atual. Mas, um Estado que já foi decisivo para a capitalização da Petrobrás, e, conseqüentemente, para que a Companhia pudesse chegar ao que é hoje, com as descobertas do Pré-sal, não pode ficar calado. Se isto acontecer, o RN deixará a condição de Estado Papa-Jerimum para a de “Bagaço de Laranja”.

Garantia de mais investimentos em exploração, principalmente, na prospecção de petróleo em águas profundas, deveria ser uma exigência imediata da sociedade potiguar!