Aprovação do Estado de Greve permanente e de um dia de paralisação pelo fim do Regime Administrativo no campo. Com esses encaminhamentos, os trabalhadores e trabalhadoras do Ativo de Produção de Alto do Rodrigues encerraram a assembleia realizada na manhã desta terça-feira, 27. A atividade também marca o início da Campanha Reivindicatória 2014, já que, nesta data, a pauta econômica de reivindicações dos trabalhadores será entregue à Petrobrás.

No decorrer dos debates, os diretores do SINDIPETRO-RN relembraram as principais resoluções aprovadas no XVI Congresso Nacional da FUP – CONFUP, que aconteceu em Natal, no período de 13 a 17 de agosto. O coordenador-geral do SINDIPETRO-RN, José Araújo, ressaltou a diversidade de atividades realizadas naquele evento, que contou com encontros das áreas de Formação, Jurídica e de Comunicação, além de Mesas Temáticas sobre temas específicos. A presença de sindicalistas de outros países também foi destacada por Araújo como forma de intercâmbio e troca de experiências.

Já, a diretora de Comunicação do SINDIPETRO-RN, Fátima Viana, salientou as resoluções do Congresso acerca da Pauta Reivindicatória que, neste ano, abordará apenas as cláusulas econômicas. “Os delegados decidiram que o reajuste dos trabalhadores da Petrobrás deve incorporar a correção da inflação, estimada em 6,5%, a ser confirmada no fechamento do mês, acrescida de um ganho real”. De acordo com a resolução do CONFUP, o indicador escolhido para o ganho real foi a variação do PIB extrativista, que este ano ficou em 5,5 %.

Campos Terrestres – Outro ponto mencionado durante a assembleia foi a Mesa Temática, que contou com o SINDIPETRO-RN na condição de debatedor, acerca da retomada dos investimentos da Petrobrás nos Estados que possuem campos terrestres de produção. Em relação a este tema, Fátima Viana frisou a necessidade de acolhimento desta pauta pelos futuros parlamentares do RN, a fim de que o Estado seja foco de maior atenção.

“Apesar de nós termos somente 2,5% de participação na produção nacional de petróleo, esta atividade representa 49% da atividade industrial do Estado, e é possível expandi-la com mais investimentos. Já foi comprovado que não é somente a Bacia de Campos que tem petróleo em águas profundas. Nós também temos. O que falta é interesse e força política para dar maior celeridade aos projetos de exploração e produção. Por isso, as escolhas que fizermos neste ano eleitoral serão fundamentais para a luta imediata e futura da categoria petroleira”, defendeu a diretora. 

Reivindicações locais – Avançar na conquista de regimes que propiciem melhores condições de trabalho para o pessoal dos Ativos de Produção de Alto do Rodrigues e de Mossoró foi a principal preocupação manifestada na assembleia pelo diretor do SINDIPETRO-RN, Pedro Idalino. Para o sindicalista, a implantação do Regime Especial de Campo – REC significa uma evolução, pois não é somente uma questão de melhoria de qualidade de vida para os trabalhadores. É também um ganho de produtividade e avanço na ambiência para a Petrobrás.

Na opinião de Pedro Idalino, para que os trabalhadores possam avançar na conquista de regimes de trabalho mais adequados às diferentes realidades será necessário reforçar a unidade e a mobilização. Entendendo o recado, os trabalhadores presentes aprovaram por unanimidade o encaminhamento proposto pelo Sindicato, e aprovaram o Estado Permanente de Greve pelo fim do Regime Administrativo de campo. As assembleias prosseguem até o final da semana, nas principais áreas e unidades da Petrobrás, no Estado.