por Marcio Dias – Diretor do SINDIPETRO-RN

Como avaliado nas nossas reuniões, a luta de classes em nosso país confirmou nesse processo eleitoral uma ofensiva da extrema direita política, empresarial e fascista muito grande.

O resultado eleitoral do primeiro turno mostrou que o avanço dessas forças impediu a derrota de Bolsonaro e seus aliados e, pelos números da apuração, podemos observar que o Brasil está marchando numa tendência preocupante no rumo do fascismo.

Pelo menos, essa tem sido a trajetória de Bolsonaro que, ao longo do seu triste mandato o que mais faz é atacar a democracia, os poderes constituídos e utilizar a economia política através do “orçamento secreto” para manipular a vida nacional, inclusive, setores evangélicos, com objetivos eleitoreiros a seu favor e dos seus aliados.

Crimes são cometidos todos os dias, Bolsonaro usa impunemente a máquina do governo e os aparelhos ideológicos do Estado para atacar e propagar mentiras contra seus opositores, as mulheres, os negros, os índios, a comunidade LGTBQIA+ e, enfim, contra o meio ambiente, a cultura e o povo trabalhador desse país, especialmente, os nordestinos.

Ainda há nesse contexto as fake news e a campanha de violência e ódio contra as forças democráticas e progressistas, principalmente contra o PT, que completam a agenda criminosa e covarde do bolsonarismo.

Mas, apesar de tudo isso, Lula saiu na frente do seu principal adversário com mais de 6 milhões de votos nesse primeiro turno de forma exuberante.

E o fato concreto é que essa vitória mostrou que existe um enorme desejo de mudança da maioria do povo brasileiro e, mostra também, o porquê do desespero de Bolsonaro nesse último ano do seu desgoverno, ou seja, ele sabe de todo seu desgaste.

Cabe destacar aqui que a vitória de Lula só não foi maior porque manobras como a marcha lenta da votação e o boicote criminoso do transporte prejudicou a votação em Lula, porque a abstenção foi de mais de 30 milhões de votos e a maioria desses eleitores são pertencentes as camadas populares que deixaram de votar no presidente Lula.

É preciso que se diga que a vitória de Lula, da esquerda e seus aliados não foi uma coisa qualquer. Foi, sobretudo, contra tudo o que esse genocida representa e todas as suas perversidades e são tantos crimes contra o povo e a democracia que é até difícil relacionar.

Mas, como disse anteriormente, o que conquistamos não foi pouco e estamos no segundo turno com mais de 6 milhões de votos à frente e temos certeza de que até o dia 30 podemos aumentar essa vantagem e ganhar a eleição.

Por isso, temos que continuar ampliando, buscando o apoio dos que não estavam conosco no primeiro turno como já está acontecendo.

Portanto, não temos motivos para desespero ou angustias sem sentido. Temos coragem e estamos no caminho certo.

A campanha bolsonarista não pode dizer o mesmo, daí o seu desespero para usar o criminoso “orçamento secreto” e o “auxilio Brasil” para turbinar sua campanha e de seus aliados.

Chamou atenção ainda a declaração de Bolsonaro, logo após o resultado do primeiro turno, porque o que se viu foi sua cara de decepção por não ter ganho e ficou nítida sua enorme preocupação de que a sua derrota eleitoral é real.

Agora, a palavra de ordem é tirar as bandeiras do armário e usar nossos símbolos para ir as ruas, locais de trabalho, estudo, moradia e também, nas redes sociais com garra e coragem para conquistar cada voto e derrotar o inimigo.

Vamos juntos ganhar essa guerra pelo bem do Brasil e do povo brasileiro. Avante!