Após reunião com a Sest, a FUP reuniu-se com a Petrobrás para cobrar agilidade na mudança da relação de custeio da AMS | Foto: Paulo Neves/FUP

Em reunião com a Petrobrás, FUP cobra encaminhamentos para que a mudança da relação de custeio da AMS ocorra imediatamente à publicação da nova resolução da CGPAR

[Da imprensa da FUP]

Dirigentes da FUP participaram nesta quinta-feira, 04, de duas reuniões decisivas para o restabelecimento da relação de custeio 70×30 da AMS. Essa conquista, que é um dos pleitos mais aguardados pelos trabalhadores, aposentados e pensionistas do Sistema Petrobrás, já pode ser comemorada pela categoria.

O Grupo de Trabalho que vem negociando com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) a substituição da Resolução 42 da CGPAR realizou pela manhã uma reunião que consolidou as tratativas finais do novo texto que sepultará a atual resolução. Foi mantido o entendimento de que empresas estatais, como a Petrobrás, que não dependem do Tesouro Nacional, terão liberdade de negociação com os trabalhadores, sem os limitadores e as medidas de restrição de direitos impostas nos últimos anos.

O diretor da FUP, Tezeu Bezerra, que representa a FUP nas negociações com a Sest, lamentou o fato dos representantes do governo não terem conseguido cumprir o prazo que havia sido acordado com os trabalhadores, de que a nova resolução estaria pronta até o início de março.

“Esse era um compromisso real que estava posto, eles (SEST) pediram desculpas por isso na reunião, porém apresentaram um texto que vai contemplar o que havíamos previsto nas negociações coletivas com a Petrobrás, que é o retorno da relação de custeio 70×30 para a AMS, a remuneração da hora extra na troca de turno voltar a ser 100%, entre outras questões que estavam atreladas aos limitadores da CGPAR”, explica Tezeu.

Retorno do 70×30 é compromisso assumido pela Petrobrás no ACT conquistado pela categoria | Foto: Paulo Neves/FUP

Para agilizar a implementação da nova relação de custeio da AMS, a direção da FUP se reuniu imediatamente com o RH e o jurídico da Petrobrás. Foi cobrada prioridade absoluta da empresa nesse processo, dada a urgência da categoria em reduzir o impacto financeiro desproporcional que o custeio do plano de saúde passou a ter em suas vidas, principalmente dos aposentados e pensionistas.

A estimativa da Sest é de que a nova resolução seja publicada na segunda quinzena de abril, mas a FUP e as demais entidades sindicais que representam os trabalhadores de empresas estatais nas negociações com o governo vêm atuando para acelerar esse processo.

“O 70×30 é uma realidade e vai ser implementado em breve, é uma grande vitória da categoria e da FUP”, comemorou o diretor da entidade, Paulo César Martin.

Na reunião com a Petrobrás, ele cobrou que a empresa agilize os encaminhamentos necessários junto à Saúde Petrobrás e à Petros para implementar as mudanças. Outro ponto enfatizado pelas direções sindicais foi a necessidade de um comunicado imediato aos trabalhadores e aos aposentados sobre os passos que serão tomados e como ficarão os descontos da AMS com a nova relação de custeio.

A FUP reforçou também a importância das subsidiárias já se organizarem para que estejam alinhadas com a Petrobrás na implementação imediata do 70×30, assim que a nova resolução da CGPAR for publicada.