O SINDIPETRO-RN participou na manhã desta segunda-feira, 19, de uma reunião com os gestores locais da Petrobras para cobrar melhorias nas condições de trabalho em plataformas marítimas do Rio Grande do Norte.
São inúmeros os problemas denunciados por petroleiros que trabalham embarcados em Agulha e Pescada. Por isso, na oportunidade do encontro, a diretoria do Sindicato colocou pontualmente as reclamações dos trabalhadores.
Um problema grave nas medidas de resgate em casos de emergência preocupa os trabalhadores: o tempo de deslocamento para atendimento médico. No último evento ocorrido com um trabalhador que enfartou foram 8 horas para chegar até o hospital.
O diretor Marcos Brasil explica que a média de tempo máximo para um resgate ser aceitável é de até 3 horas. “Essa preocupação da categoria mostra a fragilidade da Petrobras nos procedimentos de segurança para resguardar a saúde e integridade de seus funcionários”, acrescenta Marcos.
Outras situações como falta de cozinha, atraso das refeições congeladas e alimentação insuficiente são recorrentes, e os trabalhadores pleiteiam a implementação de um refeitório com cozinheiro para comer alimentos frescos.
Além desses pleitos, outras pautas da parte estrutural também foram cobradas à Petrobras, como: falta de banheiro em plataforma, que forçam os empregados a usarem embarcação de apoio para fazer as suas necessidades; a falta de alojamento exclusivamente feminino, que tem gerado um clima de constrangimento; a falta de espaços adequados como a academia implantada que não é suficiente para realização de atividades físicas, e de salas para treinamento de funcionários e apoio de terceirizados.
A diretoria do SINDIPETRO-RN, cobrou ainda que o projeto de descomissionamento das plataformas no RN (que vai durar pelo menos 10 anos) passe por uma discussão ampla envolvendo o Sindicato, para priorizar a geração de empregos aos Potiguares.
Ao final do encontro, os gestores da Companhia pediram um prazo de duas semanas para responderem aos problemas expostos. Já a diretoria do SINDIPETRO-RN ficará atenta e cobrará respostas após o tempo pedido, pois os projetos das plataformas ainda estão em fase de implantação, portanto, não há dificuldade para adotar as melhorias necessárias.